Amados amigos, queridos alunos e distintos leitores,
Nos últimos tempos, tenho procurado, em minhas incursões poéticas, mostrar que pode haver poesia em coisas que nem sempre são encaradas pelas pessoas como "poéticas". Não que eu pense que tudo é poesia, afinal, se tudo fosse poesia, nada seria poesia! Uma coisa só é porque o seu contrário também o é! Daí a grande necessidade da oposição na democracia, do diabo nas religiões e dos adversários nos jogos de futebol (Ah, descupem-me! Prometi que não discutiria essas coisas aqui!).
Voltemos à poesia! Motivado pelo horror que meus alunos sentem em relação a certas disciplinas dedicadas ao estudo das Ciências Exatas e da Natureza, resolvi mostrar que pode existir (e existe!!!) poesia em Matemática, Física, Química, etc. Publico, aqui, um dos resultados dessas minhas novas incursões: um poema erótico (isso mesmo, leitor pasmado - erótico!!!) chamado "FÍSICA".
F Í S I C A
O que me seduz
é teu vórtex sugando minha luz,
enquanto a fusão
de nossas massas
a c e l e r a - s e
acelera-se ao quadrado da velocidade
do que me levas
nas trevas
das tuas entranhas
de buraco no espaço.
No nosso vácuo
- o único em que há
atrito
força de contato
produção de calor
e nenhuma
conservação de energia,
eu Trabalho...
magnetismo puro...
empuxo...
navego em movimento oscilatório
na parábola de tuas ondas
para lançar-me,
oblíquo,
no espaço de teu seio:
o grau 45
de meu olhar 43.
Máximo alcance
é o de minha luz,
meu fóton
no centro
de teu corpo
em
l
i
v
r
e
q
u
e
d
a
onde toda resistência
é só bem-vinda
se resulta na água!
Sobe...
Desces...
Gravitamos elipticamente
Giras ao redor de minha luz!
Sugas-me em prisma multicor
de suor,
sabor
e dor
física!
Marcos de Andrade Filho
Recife, 30 de agosto de 2007
Espero que gostem!
Ah, gostando ou não, comentem e critiquem! Afinal, este espaço também é para isso!
Abraços n'alma!
Marcos de Andrade Filho
Recife, 25 de novembro de 2007